O ex-presidente Jair Bolsonaro respondeu nesta segunda-feira (5) às declarações polêmicas feitas pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), durante um evento realizado na última sexta-feira (2). Na ocasião, Rodrigues sugeriu que eleitores do ex-presidente fossem levados “para a vala”, declaração que gerou forte repercussão política.
Bolsonaro classificou o discurso do governador como “carregado de ódio” e afirmou que, em um país civilizado, declarações desse tipo deveriam ser imediatamente repudiadas e investigadas pelas instituições. “Só há crime quando convém ao sistema”, disse o ex-presidente, criticando a omissão de órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Polícia Federal diante do episódio.
A reação do ex-presidente levantou questionamentos sobre a imparcialidade das instituições brasileiras. Bolsonaro argumentou que, caso um aliado seu tivesse feito afirmações semelhantes, a resposta institucional teria sido imediata e rigorosa.
Diante da repercussão negativa, Jerônimo Rodrigues veio a público no domingo (4) e pediu desculpas. Em nota, o governador afirmou que suas palavras foram tiradas de contexto e que a fala foi fruto de um desabafo provocado pela indignação com os danos causados ao país, segundo ele, pela gestão anterior. “Se o termo foi pejorativo ou forte demais, peço desculpas”, declarou.
O episódio escancarou mais uma vez a profunda polarização política no país, evidenciando a tensão constante entre aliados do governo e da oposição. Parlamentares bolsonaristas repudiaram a fala do governador baiano, enquanto apoiadores de Jerônimo minimizam a declaração e alegam má interpretação.
A controvérsia reacende o debate sobre os limites do discurso político no Brasil e a responsabilidade das lideranças públicas em momentos de acirramento social.
Gostaria que eu incluísse declarações de outros políticos sobre o caso?